No começo de 2022 lançamos o rebranding da marca Superlógica.
Contexto: a Superlógica é a maior plataforma tecnológica e financeira para o mercado condominial e imobiliário do Brasil, atuando no segmento há mais de 20 anos. Evoluir a comunicação visual foi o desafio.
O projeto de rebranding foi realizado pelo Design Team da Superlógica no qual fiz parte e estive responsável junto de minha querida amiga Bells Domingos e sob a liderança do ilustre Daniel Campos, durante 2021. Colaboramos com o então time de Marca na construção de toda a plataforma de marca: propósito, valores, posicionamento, brand persona e tom de voz, culminando num redesign completo da identidade e sistema visual da marca.
O logo
Desafio: apontar para o futuro da companhia sem abrir mão do legado.
Ícone: alguns dos problemas apontados de aplicabilidade da marca antiga foi a quantidade de cores no ícone que causavam problemas de contraste dependendo das cores utilizadas como background, restringindo a aplicação do logo fullcolor na maioria dos projetos.
A aplicação do logo em qualquer fundo que não fosse branco precisava ser monocolor e por consequência o ícone sofria alteração muito grande gerando outra versão para tentar representar a versão principal resultando em dois ícones distintos, gerando o dobro de arquivos. Sua contra-forma também apresentava problemas em aplicações reduzidas.
O ícone com 8 cores também gerava dificuldade em termos uma cor de identificação da Superlógica, uma vez que quase nenhuma cor poderia performar tão bem, pois haveriam outras 8 cores pra “brigar” com a power-color da marca. Isso fazia com que o logo da Superlógica não pudesse usar uma cor predominante como asset poderoso de identificação, estrategicamente utilizado em empresas como Coca-Cola, iFood, Nubank, Will Bank, Nintendo, Playstation, Apple e etc. Pelo fato da marca Superlógica morar em um universo predominantemente digital, foi necessário simplificar as cores do logo, abrindo caminho para a escolha de uma cor de identificação.
Por consequência, o logo secundário (monocolor) era usado na maioria das vezes, pois sua aplicação era mais “fácil” em qualquer tipo de background, e na comunicação de produtos/publicidade, não havia situação onde o logo com 8 cores pudesse ser bem aplicado.
Parti da releitura do símbolo, mantendo o equity visual e respeitando a história da marca, repensando seu desenho. A solução encontrada foi a simplicidade em utilizar o ícone antigo como contra-forma para o novo ícone.
A decisão de usar o ícone anterior como negativo, além não romper totalmente com o legado visual da marca, mantendo um elo de identificação, me permitiu trabalhar em um ícone com uma única forma. Ao tomar este caminho, diversas possibilidades se abriram para o uso da marca Superlógica, permitindo inclusive a solução, quando necessário, a utilização em versão monocromática sem que fosse necessário ter logos distintos.
Agora temos uma solução visual harmoniosa que além de respeitar sua história, valoriza a consistência resolvendo problemas técnicos como redução, aplicabilidade em diferentes backgrounds com uma única marca.
Backstage ícone: A etapa de estudos, rabiscos e testes norteiam e estabelecem pré-requisitos do que acredito que não se deve fazer, por mais que muitas vezes temos claro que tal teste não funcionará, acho importante executar para termos comparativos e fundamentar a solução encontrada entre harmonia visual, solução técnica e simbologia. Com uma rápida visualização na imagem a baixo, um dos perigos iminentes era a possibilidade de interpretar alguns dos símbolos como uma bola de futebol, calota de carro e até mesmo uma suástica.
Detalhe simples e eficaz: As vértices do ícone antigo tinham um “papel confuso” em sua margem de segurança, quando levadas em consideração causava excesso de espaço em branco, e quando desconsideradas resultava em um estranhamento óptico de falta de respiro. A solução simples em rotacionar o ícone alinhando as vértices externas com as internas, além de dar a sensação de movimento aproveitou-se melhor o mesmo espaço utilizado pelo ícone antigo, consequentemente melhor harmonia na contra-forma entre ícone e lettering, e clareza na margem de segurança.
Lettering: havia a necessidade do lettering acompanhar a mudança da empresa, propósito, valores, posicionamento, brand persona e tom de voz. Necessitava de algo mais robusto, tecnológico, personalizado.
Após pesquisa tipográfica, benchmark e decisão pela tipografia oficial a ser utilizada na comunicação, comecei a trabalhar em sua manipulação com objetivo de alcançar uma personalidade própria e conseguir aplicar o logo o mais reduzido possível sem prejudicar a legibilidade.